terça-feira, 26 de junho de 2007

Ao começar


Quando a minha Vida começar,
Tenho que choramingar,
Porque senão, de certeza,
Uma palmada vou levar!

Quando crescer,
Vou para as escolinhas,
Onde vou aprender...
Muitas letrinhas!

Vou ter de estudar,
Para a minha Vida ganhar!
Porque senão, de certeza,
Vou para as obras trabalhar...

Que bom...
Já estou a trabalhar.
Agora só me falta
A Vida acabar!

Aline (2007/08)

Descrição

Esta menina sentada numa rocha áspera perto do mar sente a brisa e a maresia. Vestida com o seu velho vestido verde-negro-azulado tem por cima o seu bibe branco já com o bordado estragado e abraça o seu chapéu de palha com um laço verde.
O seu rosto ostenta bochechas arrosadas, olhos verdes e um ar pensativo. O cabelo encaracolado cor de cajú está preso por um laço cor-de-rosa numa trança que o vento teima em arrastar.
Ao fundo, uma praia deserta enfrenta o mar esverdeado onde pequenos barcos flutuam. No céu, gaivotas esfomeadas gritam pelo seu peixe.
A maré vazia acaricia a areia muito calmamente sem chegar à rocha onde se senta a menina.
O Sol, muito envergonhado, não quer raiar...

Aline e Francisco (2007/08)

É assim a poesia


É assim a Poesia
Nos inspira amor...
Nos inspira alegria.

Em alguns dos casos
São muitas as palavras repetidas.
Mas em quase todos
Há sempre rimas.

Muitos dos poemas são chatos
E bastante aborrecidos.
Outros são tão tristes
Que nos fazem ficar sentidos.

É assim a poesia:
Com muita riqueza
Com muita pobreza
Com muita alegria
E com muita magia.


Rui (2003/04)

É tão bom estar de férias...


É bom estar de férias, passear por outros países, ir ao Algarve, à praia, apanhar banhos de sol, ficar em casa livre da escola e dos professores. Mas, por outro lado, a escola é fixe pois posso conviver com os meus amigos, faço coisas divertidas nas aulas, jogo à bola e outras coisas.

Às vezes é aborrecido estar de férias quando estou em casa sem nada para fazer, porque os meus amigos estão todos fora e eu ainda não saí com os meus pais.
A escola, às vezes, também é aborrecida, quando as aulas se tornam uma chatice ou quando tenho que estudar para o teste de História e preciso de decorar as datas dos acontecimentos. O que é ainda pior é ter de acordar muito cedo e chegar à escola cheiinho de sono.


Rui (2003/04)

Um mundo diferente



Um dia em que estava a olhar para um espelho, reparei que acontecia algo esquisito. Toquei-lhe e a minha mão atravessou para outro lado. Curioso, entrei lá para dentro.
Dentro do espelho construía-se um mundo completamente diferente do nosso: não havia guerras, armas, ditaduras e ditadores; não circulava dinheiro, as pessoas trocavam as coisas com agrado e não com ganância; não se praticava caça, e ainda existiam todas as espécies animais e vegetais; não havia fome e a palavra ódio não constava do dicionário, só existindo amor, amizade e carinho. Era um mundo em que a qualquer minuto nascia um bebé feliz ao contrário do nosso em que morrem pessoas tristes com o seu mundo. A tecnologia era a mesma, mas com uma diferença: não poluía.
Enfim, era um mundo maravilhoso.
Mas, de repente, olhei em volta e a única coisa que vi foi a minha cama e o meu quarto. Tinha sido apenas um sonho.

Ricardo (2003/04)

O mar


Eu vivo o mar
Perto de onde moro.
Sou feliz assim
Porque o adoro.

Todos os dias lá vou
Quando saio da escola.
E quando dou por mim
Tiro o bikini da sacola.

Junto dele sinto-me bem
Pois é o mar que me faz sonhar.
Não vivo sem ele
Nem a brincar!

Renata (2003/04)

A escola


A escola é para mim
o que eu chamo...
uma obrigação
à qual eu tenho de dizer: sim!

De manhã levanto-me,
Apanho o autocarro.
E logo me espanto
Com o cheiro a cigarro!


Renata (2003/04)

O meu nome é


O meu nome é Pedro Jóia
Jóia é o apelido da minha irmã
Irmã minha que me aborrece
Aborrece mas eu também a provoco
Provoco mesmo muito
Muito furiosa fica ela
Ela que tanto de mim gosta.
Gosta de ler um livro que é meu.
Meu nome é Pedro Jóia.


Pedro (2oo3/04)

Um mundo diferente



Olhei à minha volta e vi tudo de pernas para o ar: os móveis ao contrário, as mesas também, até mesmo a cama.

De dia, as luzes estavam acesas e de noite apagadas. Para escrever, segurava-se a caneta e movia-se a folha.

Na escola, os alunos davam aulas aos professores, os adultos brincavam e jogavam à bola, davam gritos e pregavam partidas.

Não existia dinheiro: ia-se ao supermercado e tirava-se o que se queria. Como não havia dinheiro, não havia ganância, riqueza, pobreza, jogos de azar, ódios, ...
A certa altura, no supermercado, na secção de artigos de casa de banho, caí num espelho e voltei para o nosso mundo.


Pedro (2003/04)

Poesia


Há aquele que vive da poesia
pois é aquilo que lhe dá alegria.

Há também aquele que adora poesia
mas poeta nunca seria.


Também há aquele que raramente lê poesia.
Mas, quando a lê,
largá-la não consegue e logo a relê.


Há ainda aquele,
tal como eu,
que não vive da poesia
nem poeta seria.


Mas
se
lesse
alguns textos
talvez
ganhasse interesse.


Henrique (2003/04)

Mãe



Mãe ...


é a carta que viaja para sempre.





Henrique (2003/04)
O frio vem e começamos a vestir roupas quentes.
Um castanheiro mais adiantado começa a largar os seus ouriços para dar as deliciosas castanhas.
Tantas folhas caídas no chão! Eu e todos os meus amigos vamos apanhá-las com o carrinho-de-mão.
O Outono é uma estação do ano agradável porque podemos comer as castanhas quentinhas e saborosas.
No Outono fazemos magustos onde assamos as castanhas.
Os ouriços continuam a largar os seus frutos...



Gonçalo e Henrique (2003/04)

D. Miguel é feio


D. Miguel é um homem feio e muito horrível.
No Inverno, no tempo frio, decidiu ir viver no Forte dos Feios com uma mulher muito, muito disforme e um filho muito horrendo.Em certo momento quis extinguir todos os bonitos e fê-lo. Deste modo conseguiu viver feliz.


Gonçalo e Henrique (2003/04)

Amigos


No primeiro dia aulas conheci um rapaz chamado João, que foi o meu primeiro amigo nesta escola.


Eu sou muito tímido, mas arranjei coragem para lhe perguntar o nome, de que turma era e se queria ser meu amigo.


Foi assim que eu e o João ficámos amigos.

Gonçalo (2003/04)

Li um livro

Li um livro
Livro esse que era engraçado
Engraçado porque tinha imagens divertidas
Divertidas são as minhas irmãs
Irmãs que me deram esse livro
Livro que falava sobre um rei pouco inteligente
Inteligente era o seu filho.

Filipa e Rebeca (2003/04)

O meu computador


Quando quero trabalhar,
Divertir-me ou brincar,
Tenho o meu computador
Sempre ali ao meu dispor.


Mesmo que seja a sonhar
Posso dar a volta ao mundo,
Mil quilómetros percorrer
Sem sair do meu lugar.



Filipa (2003/04)

Escola




Quando entrei na minha nova escola pela primeira vez, pensei que nunca me adaptaria, mas foi aí que encontrei pessoas com todos os feitios o que me faz divertir imenso. Sempre que penso que não queria ir para lá a todo o custo, só me dá vontade de rir, porque estava insegura, à toa, quer dizer, talvez não à toa, pois assim deu para ver quanto gostava dos colegas da outra escola. Mas isso não importa, porque tenho amigos espantosos com quem posso contar e rir, e também professores muito amigos e que sabem ensinar bem.
Não estou só contente com a boa adaptação à escola, mas também o estou pela minha irmã ter entrado na Universidade e, ainda por cima, no curso que queria. Espero que ela consiga licenciar-se, fazer o que gosta e ter grandes amigos, com quem contar nos maus momentos e divertir-se nos bons. Eu estarei sempre com ela !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Cátia (2003/04)

Um mundo magnífico


Um dia a minha mãe comprou um espelho, grande e estreito lá para casa e eu, como sou muito vaidosa, passava os dias a olhar para ele. Foi então que meti a mão nele e ela passou para o outro lado. Em seguida, levantei-me e caminhei na sua direcção.

Quando passei para o outro lado, vi um mundo diferente do que eu estava habituada a ver. Ali não existia poluição, não havia carros, as pessoas davam-se bem umas com as outras e as notícias não eram tristes, bem pelo contrário eram muito alegres. Subitamente ouvi chamar pelo meu nome.

Pensei que poderia ser a minha mãe, mas não era.

Quem seria? perguntava eu. Olhei e vi os meus colegas:
- Anda, vamos divertir-nos.



Ana Margarida (2003/04)

O meu cão

O meu cão é fofinho.
Parece uma raposa branca e cor de pele.
Também é muito bonitinho
E sempre que viaja leva um apetitoso farnel.

É tão carinhoso,
É tão meiguinho,
Que pede um ovo
Para comer no caminho.

Quando anda de carro
Vai sempre com o focinho de fora.
Após mo terem dado
Ficou mais gordo que uma amora.

Só para estragar
Ele faz sempre cocó.
E ainda por cima
No meu popó.

Ana Rita (2003/04)

Vivo em Cascais


Cascais tem muitos prédios
Prédios em tons de azul
Azul é o mar e os olhos da Catarina
Catarina é amiga da Cátia
Cátia é amiga da Renata.

Ana Catarina e Cátia (2003/04)