Um dia a minha mãe comprou um espelho, grande e estreito lá para casa e eu, como sou muito vaidosa, passava os dias a olhar para ele. Foi então que meti a mão nele e ela passou para o outro lado. Em seguida, levantei-me e caminhei na sua direcção.
Quando passei para o outro lado, vi um mundo diferente do que eu estava habituada a ver. Ali não existia poluição, não havia carros, as pessoas davam-se bem umas com as outras e as notícias não eram tristes, bem pelo contrário eram muito alegres. Subitamente ouvi chamar pelo meu nome.
Pensei que poderia ser a minha mãe, mas não era.
Quem seria? perguntava eu. Olhei e vi os meus colegas:
- Anda, vamos divertir-nos.
- Anda, vamos divertir-nos.
Ana Margarida (2003/04)