Olhei à minha volta e vi tudo de pernas para o ar: os móveis ao contrário, as mesas também, até mesmo a cama.
De dia, as luzes estavam acesas e de noite apagadas. Para escrever, segurava-se a caneta e movia-se a folha.
Na escola, os alunos davam aulas aos professores, os adultos brincavam e jogavam à bola, davam gritos e pregavam partidas.
Não existia dinheiro: ia-se ao supermercado e tirava-se o que se queria. Como não havia dinheiro, não havia ganância, riqueza, pobreza, jogos de azar, ódios, ...
A certa altura, no supermercado, na secção de artigos de casa de banho, caí num espelho e voltei para o nosso mundo.
A certa altura, no supermercado, na secção de artigos de casa de banho, caí num espelho e voltei para o nosso mundo.
Pedro (2003/04)